Internet via feixes de luz, conexão pela rede elétrica, desenvolvimento de redes 5G: essas tecnologias podem ser o futuro da distribuição mundial de dados online. Em 2017, pesquisadores continuaram a incessante busca por maneiras de tornar a Internet mais rápida, mais barata e acessível a mais pessoas.
Com conexões de velocidades cada vez maiores ao alcance, além do acesso mais fácil a vídeos, músicas e imagens pelo computador ou smartphone, nos aproximamos mais da concretização de certos recursos. Confira, abaixo, os últimos avanços feitos pela ciência e pelo mercado que podem alterar o modo como usamos a rede já a partir de 2018.
Tecnologia sem fio distribui Internet veloz por feixes de luz
A distribuição de Internet em alta velocidade sem o uso de cabos já é realidade. Conforme divulgado em outubro, pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, desenvolveram uma tecnologia que usa feixes de luz para transmitir dados pelo ar, fora de qualquer rede cabeada. A novidade pode significar que conexões sem fio serão, em breve, tão rápidas quanto as que utilizam fibra ótica, porém, de forma mais simples e barata.
Nos testes realizados, o sinal de Internet em forma de fótons percorreu 1,6 km, passando por campos, ruas e perto de prédios altos, com velocidade superior a 1 Gb/s. A tecnologia permite “dobrar” a luz no ar, desviando, assim, dos obstáculos. De acordo com os cientistas, além de não depender do custoso cabeamento, o novo método permite um maior armazenamento de dados em cada fóton.
A técnica poderá levar banda larga a qualquer lugar com baixo investimento, e ainda tem potencial para alcançar velocidades mais altas do que as conexões com fibra ótica. No início de dezembro, o Google anunciou o uso de tecnologia similar para levar Internet a áreas rurais. A Alphabet, empresa mãe da Gigante de Buscas, já está trabalhando com uma operadora de telecomunicações da Índia para conectar o estado de Andhra Pradesh, onde vivem 50 milhões de pessoas.
Serão instalados no estado indiano, a partir de janeiro, 2 mil links de comunicação ótica em espaço livre (Free Space Optical Communications, em inglês), que darão suporte à espinha dorsal da rede no local. A iniciativa da Alphabet também promete conectividade de alta velocidade e alta capacidade por longas distâncias através da luz.
Operadora americana testa Internet por rede elétrica
Outra alternativa à fibra ótica parece ser a rede de energia elétrica. A operadora americana AT&T divulgou, em dezembro, testes com uma tecnologia chamada AirGig, que disponibiliza transmissão de dados com potencial para atingir mais de 1 Gb/s de velocidade. O método também tem como vantagem os custos reduzidos para levar Internet a lugares remotos, pois usa os cabos elétricos já instalados pelas companhias de energia.
A AT&T fez testes em uma pequena área do estado da Georgia, nos EUA. O AirGig utiliza sinais de onda milimétricas, capazes de transferir dados em frequência muito maior do que os cabos de cobre. Segundo a empresa, a instalação da Internet via rede elétrica na casa dos clientes é bem rápida.
O uso da estrutura de energia elétrica para distribuir Internet não é uma total novidade. No Brasil, a técnica foi regulamentada pela Anatel em 2009, porém, poucas operadoras aderiram. O diferencial da nova tecnologia é a alta velocidade, que se compara a da fibra ótica.
Avanços nas conexões 5G
Na esfera da Internet móvel, temos avanços com a rede 5G. A expectativa era de que só veriamos esse tipo de conexão em funcionamento em 2019 ou 2020, mas a operadora americana Verizon afirmou que tem planos de lançar serviço 5G em cinco cidades dos Estados Unidos até o fim do próximo ano. A companhia promete uma Internet de 10 a 100 vezes mais rápida que as conexões móveis atuais. Para comparação, as redes 4G no Brasil atingem cerca de 100 Mb/s.
A princípio, a rede 5G da Verizon vai
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