O 5G está mais perto do que nunca. E ele vai mudar a nossa relação com a Internet. Durante o Mobile World Congress (MWC), conexões mais rápidas e eficazes foram tão importantes quanto gadgets como Galaxy S7 ou LG G5. O Brasil não poderia ficar fora dessa tecnologia.
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Para tentar fazer diferente do que foi feito com o 4G – quando ficamos de fora da criação da rede – o ministro das Comunicações, André Figueiredo, veio pessoalmente assinar um acordo para desenvolver o 5G no mundo. Em conversa exclusiva com o TechTudo, Figueiredo garantiu que, dessa vez, seremos protagonistas, e não espectadores, da nova tecnologia.
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“O Brasil quer investir no futuro e, assim como Japão e China, faz parte do grupo de países que vai participar ativamente do desenvolvimento ativo do 5G em nível mundial”, disse. Ainda para o ministro, o esforço para o desenvolvimento do 5G não prejudica a implementação do 4G, que anda bastante atrasada no pais.
“O desenvolvimento do 5G ainda está muito embrionário. Mas tudo está evoluindo muito rápido. Se a gente participa do início da padronização, com certeza o Brasil vai contribuir mais para adoção desse processo”, explicou Figueiredo.
Mas, se o cenário para o futuro, quando falamos de 5G, parece promissor, o panorama atual segue desapontador. E para ajudar países como o Brasil – além de outros em desenvolvimento na Ásia, Oriente Médio e África – os especialistas do Facebook Jay Parikh, Yael Maguire mostraram, também no Mobile World Congress – seu plano para ajudar a levar Internet para regiões que, hoje, seguem sem conexão. Vivem offline, atualmente, 1.7 bilhão de pessoas.
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Os drones ou Vants (veículos aéreos não-tripulados) terão autonomia de até 3 meses (hoje o recorde é de duas semanas!), voarão acima das nuvens (e estarão imunes a condições climáticas) e da aviação comercial. Ainda segundo o Facebook, o avião, que está “escondido” em algum lugar dos Estados Unidos ainda depende de ajustes para voar, o que deve acontecer em breve.
O painel solar do aparelho é realmente muito leve. E, para fazer o drone voar, ele precisa ser ainda rígido e resistente. Nas amostras que o TechTudo pôde conferir, a densidade e a leveza do material impressionam. Sobretudo se levarmos em consideração o que temos disponível no mercado.
Para conectar as cidades “isoladas”, o Vant precisará alinhar um laser, que tem o diâmetro de um cabo de vassoura entre 18km – quase a distância de uma meia-maratona – com a precisão de uma moeda de 10 centavos. Ou seja, praticamente uma missão impossível.
E não adianta, segundo os engenheiros do Facebook, levar uma conexão 2G para quem não tem nada. É preciso pensar hoje no que virá amanhã. E apenas a Internet 5G, com seu baixo custo e alta capacidade, além da maleabilidade suficiente para a “Internet das coisas”, seria uma opção viável.
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“Não queremos ser a operadora. Não queremos operar isso, mas queremos que a comunidade, que outras companhias e provedores, usem isso. Queremos descobrir e criar a tecnologia”, diz Parikh.
“Qual o motivo de o Facebook está fazendo isso? A nossa missão é conectar as pessoas no mundo. Para isso, construímos uma plataforma digital, uma rede social, que conecta 1.5 bilhão de pessoas. Mas ainda há bilhões de pessoas no mundo. E queremos que elas tenham acesso à informação”, diz Maguire.
Ao que parece, Facebook vai cada vez mais “mudando” sua cara e buscando outros objetivos. E o 5G, tema do momento, parece aproximar a empresa de Mark Zuckerberg do governo brasileiro. “Nós fomos apresentados o projeto do Facebook nesta quarta (23) e gostamos. Toda ajuda é válida, mas o Brasil vai ter todo o seu território coberto por um satélite”, finaliza Figueiredo. É esperar para ver os próximos capítulos dessa novela, que está apenas começando.
*O jornalista viajou a convite da Alcatel
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