O Google anunciou nesta segunda-feira (2) uma nova estratégia para distribuição de notícias na Internet que acaba com a política do "primeiro clique grátis". A empresa deixa de exigir que veículos de mídia ofereçam pelo menos três artigos gratuitos diariamente para aparecerem nos resultados de buscas.
O objetivo é dar mais autonomia a jornais e revistas online para encontrar novas formas de ganhar assinantes. A partir de agora, os editores decidem quantos acessos grátis os usuários podem ter antes de começar a pagar um serviço de assinatura.
Um modelo mais flexível
Em vez de exigir pelo menos três notícias gratuitas por dias, o Google opta por um modelo de "amostragem flexível" no qual os editores podem decidir quantos artigos gratuitos desejam oferecer a potenciais assinantes, por mês, antes de exibir o "paywall" — mecanismo que bloqueia o acesso a mais conteúdo.
A mudança é baseada em pesquisas e testes feitos com jornais como o New York Times e o Financial Times. De acordo com a gigante das buscas, em um contexto mensal, 10 artigos gratuitos por mês é um bom ponto para a maioria dos editores de jornais online.
"O Financial Times vê com bons olhos as contribuições e ações do Google para ajudar essa área crítica da indústria de mídia e trabalhamos muito próximos a eles para ajudá-los a enten
Com a novidade, os veículos de notícias podem escolher a melhor maneira de atrair seus leitores sem perder um lugar entre os resultados de pesquisa do Google. A empresa suspende a política restritiva de notícias grátis todo dia e começa a trabalhar junto com jornais para encorajar mais veículos a entrarem no seu modelo de distribuição.
Com a possibilidade do próprio editor decidir sobre o conteúdo gratuito, a ideia é atrair mais fontes de notícias para o Google, incluindo as buscas, o Google Notícias e o Google Play Banca, que funciona em aparelhos com sistema Android.
Pagamento
O Google acredita que as dificuldades de cadastro e de pagamento estão entre as principais causas do baixo número de usuários pagantes em diversos jornais e revistas com presença online. Por isso, o próximo passo é facilitar o processo de assinatura de notícias. A intenção da empresa é permitir assinaturas com um clique usando uma conta Google e um cartão de crédito adicionado ao Google Wallet. A empresa, porém, ainda não detalhou como o processo vai funcionar.
A gigante das buscas ainda garante que vai melhorar seu sistema de identificação de usuário para oferecer conteúdo pago para livre acesso nos resultados de busca se o usuário estiver com uma conta de assinante logada.
Outra aposta da companhia está no Machine Learning (aprendizado de máquina) para encontrar mais facilmente pessoas propensas a pagar para receber notícias dos principais veículos de mídia do mundo. Quem tiver um determinado perfil poderá começar a receber anúncios de assinatura de notícias ao navegar na web.
Via Google
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