Enviar menos e-mails todos os dias pode ser uma ação importante para diminuir as emissões de carbono e, assim, ajudar a frear as mudanças climáticas. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal Financial Times na última semana, autoridades do governo do Reino Unido acreditam que é possível reduzir 16 toneladas em emissões de carbono, caso os britânicos passem a mandar um e-mail a menos por dia. No mundo, estatísticas do Statista, empresa de dados alemã indicam que um total de 306,4 bilhões de e-mails, sendo a maioria deles spam, foram mandados e recebidos todos os dias em 2020.
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Segundo o Financial Times, os dados partem de um comunicado de imprensa de uma startup de energia renovável, que seria a responsável pela conta. Para colocar tudo em perspectiva, as 16 toneladas de carbono salvas seriam equivalentes às emissões de dezenas de milhares de voos ligando Londres a Madrid. Por outro lado, o volume corresponde a apenas 0,0037% de todas as emissões do Reino Unido em um ano.
O raciocínio para explicar por que aquele e-mail dizendo apenas um “Obrigado” tem impacto na conta do carbono é simples: qualquer ação que você realiza no seu computador consome energia no dispositivo.
Ao enviar um e-mail, seu roteador também consumirá alguma eletricidade para executar a tarefa. Em seguida, a mensagem cai na rede e o processo de envio dessa informação, assim como seu recebimento pelo destinatário, também consomem energia. Por fim, toda essa energia precisa vir de algum lugar que, em geral, emite carbono para gerá-la.
Se você multiplicar essas quantidades de energia, que variam de caso a caso, por bilhões de e-mails enviados por dia, o resultado final pode ser mostrar relevante.
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Embora evitar mandar e-mails inócuos não faça nenhum mal, e até possa ajudar na redução das emissões de carbono no Reino Unido e no mundo todo, há quem afirme que as questões relacionadas às emissões por uso da Internet são muito mais profundas do que e-mails vazios. Especialistas consultados pela BBC sugerem que o que realmente gera carbono são serviços de maior intensidade de processamento, como streaming de vídeos e jogos. Mesmo nesses casos, há amplo debate em torno de como se calcular emissões para cada atividade.
De acordo com Mike Berners-Lee, pesquisador da Universidade de Lancaster, em entrevista ao Financial Times, os cálculos são superficiais e, em todo caso, representam uma fração pequena do volume de emissões d
Via Financial Times, BBC e The Week
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