Jon Hall é uma lenda do software livre. Diretor-executivo da Linux e consultor de diversas empresas de tecnologia, “Maddog”, como gosta de ser chamado, é figura confirmada em todas as edições do Fórum Internacional Software Livre (FISL), cuja 16ª edição ocorre de 8 a 11 de julho em Porto Alegre. “Existem muitos Jons por aí”, diz ele. Nenhum, no entanto, é tão polêmico quanto.
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Ativista ferrenho da liberdade digital, o guru do software livre conversou com o TechTudo sobre os seus motivos para desconfiar das tecnologias privativas, explicou o conceito de "escravidão do software" e citou Edward Snowden, George Bush, Cuba e soberania nacional. Confira como foi o bate-papo:
TechTudo: Qual a diferença de um software livre para um software com código privado?
Jon Maddog: Ter um software livre significa que você tem acesso ao código-fonte do programa. Quando se trata de um software privativo, você não tem como recriar o código. Quem é dono do código é uma companhia. Você abriu mão do controle para aquela companhia.
TT: E por que isso é ruim?
Maddog: Eu tenho vários computadores em casa, e eu já não posso mais usar alguns deles porque as companhias aposentaram os produtos. É o caso do Windows XP. Se você tem um computador com Windows XP e precisa de uma atualização, é uma pena, mas não vai acontecer. O que a Microsoft vai lhe dizer é: “bem, atualize para o Windows 10″. Mas o seu computador antigo pode não rodar com Windows 10. Se rodar, talvez alguns dos produtos instalados não funcionem no Windows 10.
TT: Logo, eu vou ter que renovar tudo?
ou morra
Maddog: Se você for dono de uma empresa com dezenas de computadores, você vai ter que parar tudo para poder atualizar suas máquinas, mesmo que seja no meio de uma grande venda. Imagine uma companhia tendo que parar tudo em meio às vendas de Natal para atualizar softwares. Você vai ter que gastar recursos e tempo e pode não estar disposto a fazer isso.
TT: E o software livre é uma solução para isso?
Maddog: As pessoas não compram software. As pessoas compram soluções para problemas. O problema pode ser jogar um game. Os softwares trazem essas soluções, mas às vezes a solução para o seu problema está num software de código não livre, ou o seu problema exige uma máquina e um software que não funcionam juntos. Se você reclamar para as companhias responsáveis pelos produtos, uma vai culpar a outra. Agora, se o código é aberto, você não depende das fabricantes para buscar as suas soluções.
Tinha uma empresa no Rio de Janeiro que precisava de um determinado software para resolver um problema, mas o software era todo em inglês, e a equipe da empresa só falava português. O que eles fizeram? Mudaram o código do prompt para fazer o programa rodar em Português. Funcionou.
TT: Você pode explicar o conceito de “escravidão de software”?
Maddog: Por anos eu falei sobre liberdade de software. Agora eu falo de escravidão de software. Poucas pessoas entendem o que é “liberdade”. O ex-presidente George Bush, ele certamente não entendia. “Liberdade” é quando você pode ir para onde você quiser, desde que não prejudique os outros. Já “escravidão” todo mundo entende: é ser obrigado a fazer isso, a comprar aqui, é alguém dizer para onde você deve ir. Escravidão de software é quando decidem o que você deve comprar, onde deve comprar, quando trocar, quando aposentar… Você vira um escravo de software.
Quanto às companhias… elas odeiam a liberdade tanto quanto gostam dela. Elas odeiam porque um cliente livre pode trocar de serviço a qualquer momento, e elas precisam agradá-lo para manter o cliente fiel. Ao mesmo tempo, as companhias odeiam que lhes retirem controle.
TT: É possível dizer que estamos à mercê dos softwares privativos?
Maddog: Imagine se todos os softwares desaparecessem num estalo de dedos. Aviões cairiam, o sistema bancário mundial entraria em colapso. Isso
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