A previsão do tempo no jornal foi enfática: o dia vai ter mínima de 10 e máxima de 20 graus, sem chuva. Mas um dos aplicativos do seu celular discorda em parte: diz ali que a mínima vai ser de 12 e a máxima de 23, também sem chuva. Um segundo, porém, dá uma opinião diferente: mínima de 11 e máxima de 21, com pancadas isoladas. Sem saber em qual acreditar, você coloca um guarda-chuva na bolsa, só por via das dúvidas. Vai que chove mesmo...
Quem nunca passou por algo parecido? Por mais que tenha avançado muito, a previsão do tempo ainda tem seus defeitos. E isso fica bem claro nos apps para smartphones. A variedade deles nas lojas do Android e dos iPhones é enorme. Mas parece que eles não entram em um consenso. Não é raro você ver dois ou mais deles discordando sobre as temperaturas num mesmo local, ainda que seja por questão de alguns poucos graus. Em casos mais radicais, no entanto, fica difícil até saber se vai chover ou não: um aplicativo pode dizer que o tempo vai ficar seco, enquanto outro prevê pancadas de chuva isoladas na cidade. Significa que um está certo e o outro errado? Não necessariamente.
Ou seja, não são os aplicativos que dão previsões diferentes, e sim as fontes que eles usam. Os apps de tempo puxam suas informações a partir de interfaces de programação de aplicações, ou APIs, sempre abertas. Elas são fornecidas por diferentes institutos de meteorologia instalados no Brasil e ao redor do mundo, como a própria Somar, o Clima Tempo, o Weather.com, o Dark Sky, entre outros. Os números providos variam de acordo com o modelo meteorológico seguido e também com alguns outros pontos.
A previsão do tempo também perde um tanto de sua precisão muitas vezes devido ao tamanho das cidades. Em um município pequeno, não há tanta variedade climática, então as dimensões não chegam a ser um desafio. Mas pense em uma São Paulo, por exemplo. Os extremos das zonas norte e sul são mais arborizados e, por consequência, áreas mais frescas. As regiões centrais, cheias de prédios, já esquentam mais. É natural, então, que as mínimas e máximas sejam diferentes, assim como as chances de chuva em um dia de verão.
O problema é que muitas das APIs dos aplicativos têm algumas limitações. Elas conseguem fornecer informações referentes a uma cidade toda, mas nem sempre a bairros específicos. Assim, no caso de uma região grande como São Paulo, com mínimas e máximas variando por zona, o app precisa decidir que temperaturas vai mostrar. E nisso, um pode dar uma previsão diferente do outro, considerada errada por alguns usuários e certa por outros.
Essas limitações já estão sendo resolvidas em algumas APIs, o que tornar a previsão melhor num futuro próximo. Mas não é só em avanços de geolocalização que reside o futuro da meteorologia. Empresas, como a Clima Tempo, veem nos sensores dos smartphones em que seu app está instalado mais meios para coletar informações climáticas. E esse big data pode ajudar a
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