Depois de encarar uma volta para casa no frio após um longo dia de trabalho, o que mais desejamos é tomar um banho quente, vestir o pijama, jantar e cair na cama. Só que a preocupação dos brasileiros com o valor daquele banho acaba transformando a hora de relaxar em um momento de preocupação. Surgem as conversas em família sobre o tempo debaixo d’água e a dúvida: é melhor ter um chuveiro elétrico ou a gás?
Os dois tipos têm vantagens e desvantagens. Antes de entrar nos detalhes sobre cada um deles vale lembrar o tamanho do Brasil e as diferenças de clima de região para região. O País tem uma dimensão territorial continental e em alguns estados durante a maior parte do ano prevalece o calor e em outros o frio. Com isso em mente dá para pensar no chuveiro ideal.
Nos lares brasileiros, a maioria dos chuveiros são elétricos. De acordo com dados do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), em uma casa com quatro pessoas, o chuveiro é responsável por 24% do valor da conta de luz. É o eletrodoméstico que mais gasta energia, mas quem decidir tirar o chuveiro elétrico para colocar o que funciona a gás precisa ficar atento a algumas recomendações.
Como funciona cada chuveiro?
Para ter um chuveiro a gás é necessário um aquecedor de passagem a gás, que ocupará um espaço em casa. O local onde o aparelho será instalado necessita de circulação de ar, então é recomendável que seja colocado na área de serviço. Uma vantagem da opção a gás é que, dependendo do aquecedor escolhido, ele também pode esquentar a água que sai de torneiras, uma função ótima para quem mora em lugares frios.
O aquecedor de passagem de gás custa em torno de R$ 1.000. Para instalar o equipamento é preciso da ajuda de mão de obra mais especializada, o que torna o serviço mais caro, quando comparada a do chuveiro elétrico. Quem optar por esse modelo precisa olhar se ele tem entrada para gás de cozinha (GLP) ou gás natural (GN), pois o aquecedor pode funcionar apenas por um dos dois.
A maioria dos lares brasileiros está pronta para o modelo elétrico. Pela menor complexidade da instalação e baixo custo do equipamento, ter esse chuveiro no banheiro é mais barato. Os mais em conta custam em torno de R$ 30. O chuveiro elétrico muitas vezes é visto como o vilão da conta de energia, mas uma pesquisa trouxe conclusões que desmistificam essa afirmação.
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) em parceria com o Centro Internacional de Referência em Reuso de Água (CIRRA), vinculada a Universidade de São Paulo (USP), avaliaram os custos de um banho. A conclusão do estudo, realizado em 2009, é que em um banho de oito minutos debaixo do chuveiro elétrico custa R$ 0,22, enquanto no sistema a gás custa R$ 0,58.
Afinal, qual o mais vantajoso?
A resposta para a pergunta sobre qual chuveiro ter em casa varia de pessoa para pessoa. Muitos têm receio de instalar os modelos a gás por medo de vazamentos que possam causar incêndios ou intoxicações. Hoje em dia, porém, os equipamentos estão mais avançados. Alguns tipos já contam com dispositivos corta-gás, que evitam estes acidentes.
Quem estiver pensando em instalar o chuveiro elétrico deve saber que ele esquenta mais rápido. A vazão da água, porém, é menor do que a do modelo a gás. Quanto menos água saindo do chuveiro, mais quente ela será. Já o chuveiro a gás precisa de um tempo para aquecer. Um pouco de água acaba se perdendo no começo do banho. Depois de aquecida, porém, não é necessário regular a saída dela para deixá-la super quente.
É importante lembrar que independente da escolha entre o chuveiro elétrico ou a gás, a água é outro custo que estará envolvido. Na pesquisa da Abinee com a CIRRA, os preços já levam em consideração o custo da água. Para tomar a decisão final, vale consultar as taxas das empresas que de abastecimento de luz, gás e água, pois elas variam de acordo com a região. Com tudo decidido, dá para tomar aquele banho quentinho sem grandes preocupações.
Qual chuveiro você pretende instalar em casa? Qual você já tem e o que você acha dele? Conte para gente nos comentários!
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