O Ehang 184 deu provas de que consegue mesmo transportar passageiros sem nenhum piloto a bordo, após dois anos desde a sua primeira apresentação, na CES 2016. Na segunda-feira (5), a fabricante Ehang postou um vídeo com seus primeiros testes de voos realizados na China nos últimos meses, todos bem-sucedidos. A companhia relata ter realizado mais de 1 mil voos com pessoas, nas mais diversas situações, incluindo condições adversas.
O invento foi desenvolvido para funcionar como táxi aéreo autônomo e tem a pretensão de revolucionar a mobilidade em cidades com trânsito congestionado. Apesar do estágio avançado do empreendimento, o Ehang 184 ainda não tem uma data prevista para chegar ao mercado.
O drone usado nos testes comporta apenas uma pessoa, embora a chinesa Ehang tenha anunciado a fabricação de um modelo de dois lugares. Nesses mais de mil voos, o 184 conseguiu realizar uma subida vertical de 300 metros, transportar mais de 230 kg, seguir uma rota com extensão de 15 km e alcançar 130 km/h em velocidade de cruzeiro – deslocamento registrado entre o final da subida e o início da descida da aeronave.
Os experimentos envolveram 150 engenheiros técnicos, que submeteram o veículo a diferentes condições climáticas. Ele conseguiu voar sob altas temperaturas, neblina pesada, durante a noite e até em um tufão de categoria 7 com ventos fortes. "O que estamos fazendo não é um esporte extremo, então a segurança de cada passageiro sempre vem primeiro", disse o fundador e CEO da Ehang, Huazhi Hu, no vídeo postado no YouTube.
Apesar de ter sido sobrecarregado durante os testes, o Ehang 184 apresenta limite de carga de 100 kg. O dispositivo pode transportar pessoas por até 16 km, por aproximadamente 23 minutos de voo, e consegue atingir velocidade média de 100 km/h. Com funcionamento elétrico, o modelo conta com uma bateria recarregável em uma hora.
Drone ou táxi?
A criação Ehang é intitulada como drone por ser um quadricóptero. O veículo vem com uma câmera integrada e não permite ao passageiro realizar nenhuma tarefa de pilotagem – é possível apenas informar o destino da viagem. A aeronave decola, traça a rota, desvia de obstáculos e aterrisa sozinha. Se algo der errado, um piloto profissional supostamente intervirá e assumirá os controles a partir de uma estação de comando remota.
Previsão de lançamento
A publicação não diz um prazo para que o produto chegue ao mercado. A companhia aposta que ele primeiro se lance como uma opção para passeios de luxo para pessoas ricas. A ideia é que o serviço se popularize na medida em que frotas e trilhas de voo fiquem mais estabelecidas, gerando menor custo para confecção de aeronaves.
Esse objetivo pode não estar tão longe de se alcançado. A Ehang chegou a dizer anteriormente que demonstraria o serviço à cúpula do Governo de Dubai. Não há infor
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