Escolher entre um Kindle ou um tablet pode ser uma decisão difícil para quem quer ler, mas também gostaria de rodar apps, ver filmes, curtir séries e jogar no dispositivo portátil. Eles não se destinam exatamente aos mesmos públicos e simplesmente não existe um aparelho que combine os pontos fortes dos dois formatos. Mesmo assim, os e-readers da Amazon (dentre outras marcas) e os tablets, como os iPads e o Galaxy Tab S4, ainda causam confusão na mente de muitos consumidores.
A seguir, você vai explorar quais são as diferenças que determinam pontos fortes e fracos de uma ou outra opção para saber se, para você, faz sentido abrir mão do papel eletrônico do Kindle e seu conforto ao ler em favor da versatilidade do tablet (ou vice-versa).
Diferenças e semelhanças
Poderia parecer que Kindles e tablets são dois dispositivos para o mesmo tipo de atividade. No entanto, uma série de características importantes acaba definindo dois perfis de uso muito claros: o e-reader da Amazon, assim como similares de outras marcas, é ideal para a leitura, sobretudo durante períodos prolongados. Tablets, por outro lado, atendem a usos mais diversos, uma vez que permitem instalação de apps e contam com uma série de funcionalidades inviáveis mesmo nos Kindle mais caros da atualidade.
Em linhas gerais, os aparelhos têm semelhanças: conectividade com a Internet, vinculo com lojas virtuais (App Store e Play Store no tablet, e Amazon nos Kindle), opção de modelos resistentes à água, como o Kindle Oasis ou o Galaxy Tab S4, além de assumirem mais ou menos o mesmo formato industrial, embora tablets possam ser maiores, com telas na casa das 10 polegadas e os Kindle tenham opções apenas entre 6 e 7 polegadas.
Para leitura: Kindle ou outro e-reader
O grande trunfo do Kindle e d outros leitores de e-book está na tela e-ink. São displays em preto e branco que não emitem luz, como no LCD ou OLED do tablet, e buscam imitar o aspecto do papel impresso por meio de uma tecnologia que efetivamente imprime texto e imagens na tela a partir do controle de um tipo de tinta magnetizada. O resultado é bem próximo ao que você experimentaria se estivesse folheando um livro de verdade.
Mais do que uma simples questão de simular o aspecto do papel impresso, a tecnologia e-ink não cansa os olhos, mesmo depois de longos períodos dedicados à leitura. Essa questão define um ponto importante em favor do Kindle e seus concorrentes: são aparelhos ideais para quem lê bastante e costuma encarar sessões prolongadas.
E-readers também agregam valor à experiência de leitura. Conectados à internet, esses dispositivos dão acesso a links que complementam a leitura do livro, acessam enciclopédias, dicionários, permitem que o usuário marque passagens das obras que mais gosta e até as compartilhe nas redes sociais, armazene milhares de livros num único aparelho, leia arquivos PDF e de outros formatos com conveniência.
Há ainda um outro efeito das telas e-ink. Como elas não consomem muita energia para funcionar, o consumo de bateria de um e-reader é moderado e a autonomia costuma ser medida em semanas, enquanto nos tablets você terá autonomia para horas de uso.
Apps, jogos e vídeo: tablet
Kindles e outros e-readers ganham cada vez mais funções e sistemas mais complexos, mas há limitações: ao contrário do iPad ou de um tablet Android, um e-reader não tem loja de aplicativos, capacidade de reproduzir som (nos modelos mais recentes) ou muitas opções de interatividade. Normalmente os usos se limitam a compra, leitura e organização da biblioteca.
Por sua vez, tablets tem possibilita ler livros. Tanto Google como Apple oferecem títulos em suas lojas online e há vários apps de leitura nas duas plataformas, inclusive o app do Kindle. Ao mesmo tempo, permitem instalar aplicativos de redes sociais, jogos, apps para curtir fil
Tablets também oferecem displays coloridos, o que pode ser interessante para quadrinhos e graphic novels, algo que normalmente não se vê no Kindle. Outra questão importante tem a ver com a manipulação de arquivos em PDF: o suporte a esse formato de arquivos é irregular no Kindle – uma velha queixa da comunidade de usuários – e pode decepcionar. Leitores digitais de outras marcas, como o Lev, trazem suporte mais bem ao formato.
As telas LCD e OLED encontradas em tablets de todos os tipos e preços também são um fator que explica o consumo de energia do tablet, muito maior do que o de um e-reader. Além disso, em geral, tablets têm telas maiores e mais opções de tamanhos, enquanto todos os Kindle vendidos atualmente têm displays de 6 ou 7 polegadas. Se tamanho é documento para você e tela grande é um diferencial importante, tablets são a melhor opção: há modelos com displays de até 12 polegadas.
Também há em alguns modelos a compatibilidade com canetas digitais, permitindo que você explore um conjunto de funcionalidades simplesmente inexistente mesmo no Kindle Oasis, o leitor eletrônico mais caro entre os produtos da Amazon.
Por conta desses fatores, um tablet pode ser a escolha mais certeira caso você esteja buscando um destes cenários: entretenimento em geral, leitura como um passatempo mais ocasional e consumo de HQs.
O melhor dos dois mundos?
Antes de você decidir entre um e outro, é importante que você lembre que, dos dois aparelhos, o único que combina os dois mundos é o tablet: a Amazon oferece app que permite ler os mesmos livros oferecidos para os e-readers da marca num tablet, ou até mesmo no aperto da tela menor do smartphone. Além disso, outros apps permitem que você leia livros de outras origens e lojas, bem como quadrinhos e arquivos PDF, formatos que não se entendem bem com os Kindle.
Preços
E-readers têm faixas de preço tão amplas quanto tablets, embora tablets premium sejam bem mais caros que os e-readers mais elaborados. Para comparar, o Kindle 8 custa R$ 299, enquanto o Oasis, mais avançado, sai a R$ 1.149 – com resistência à água e feito de alumínio tal qual um iPad. Entre os dois, a Amazon comercializa ainda o Paperwhite a R$ 499 e que reúne características importantes do modelo mais caro a preço mais em conta.
Entre tablets, você pode encontrar modelos mais em conta que ficam nas mesmas faixas de preço dos Kindles e outros e-readers. Já um iPad não sai por menos de R$ 1.190 e opções mais poderosas com Android, como o Galaxy Tab S4 da Samsung, custam perto dos R$ 2.000
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