O primeiro Discman foi criado pela Sony em 1984, e seu nome virou sinônimo de reprodutores portáteis de CDs, a exemplo dos Walkmans para tocadores de cassetes de bolso. Os dispositivos foram sucesso nos anos 1990 com a popularização dos CDs, alcançando amplo domínio no segmento. Isso só mudou nos anos 2000, com a viabilização dos MP3 players.
Com os smartphones cumprindo também essa função atualmente, os aparelhos se tornaram obsoletos, mas também um símbolo de sua época. Confira a seguir mais detalhes e curiosidades sobre os discmans dos anos 90.
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1. Nome veio do Walkman e do Pressman
Com o Walkman, a Sony inaugurou a ideia do som portátil nos anos 1970. Seguindo a mesma linha, veio o sucessor "natural" dos tocadores de fita, o discman, indicando o uso de discos ("disc", em inglês) para reproduzir as músicas.
O detalhe pouco conhecido é que esses dois nomes surgiram a partir de um produto ainda mais antigo da Sony: o Pressman. Essa era uma linha de gravadores de bolso da Sony direcionada principalmente para profissionais da imprensa.
2. Pra curtir ópera
Os executivos da Sony tiveram a ideia de lançar o som portátil porque queriam algum tipo de dispositivo que permitisse a eles curtir ópera durante longos voos a trabalho. Curiosamente, Akio Morita, CEO da Sony à época do surgimento dos Walkmans e dos Discmans, achava que a ideia de ouvir música sozinho, isolado das outras pessoas, seria considerada rude pela sociedade. Apesar disso, os aparelhos foram sucesso mundial.
3. Nada portátil
Os Discmans dos anos 1990, tanto da Sony quanto de outras marcas que embarcaram na onda, eram apenas relativamente portáteis. Se não cabiam no bolso, ao menos podiam ser transportados facilmente na bolsa ou mochila, e acessórios que fixavam esses aparelhos em peças de roupa eram práticos e fáceis de achar.
Mas isso não vale para os primeiros dispositivos lançados: pesando 590 gramas e com 4,2 centímetros de altura, o D-50 foi lançado em 1984 pela Sony com o destaque de ser o primeiro reprodutor portátil de CDs, além de menor CD player do mundo da época.
4. O que importa é o conteúdo
Katsuaki Tsurushima, executivo chefe de engenharia da Sony, teve a ideia do CD player portátil que tivesse mais ou menos a espessura de quatro caixas de CDs empilhadas, tais eram as restrições técnicas da época em relação à miniaturização de componentes. A Sony também abriu mão de lançar um design atraente: havia pressa para ser o primeiro no mercado e bater rivais que tinham bom domínio da tecnologia de CDs, como a Philips.
5. Aposta no futuro
O D-50 chegou ao mercado custando 49,800 yens no Japão, valor relativo à metade do custo que a Sony tinha na fabricação do produto. A companhia resolveu encarar uma margem mais apertada de lucros porque apostava no sucesso do conceito e queria popularizar o formato dos CDs. Essa foi inclusive uma estratégia para se recuperar do fracasso do formato Betamax de vídeo, diante das fitas VHS.
6. Som pulando
Quem curtia usar um discman em movimento precisava se acostumar com um problema: o som podia “pular” com movimentos bruscos que provocassem algum desalinhamento do CD durante a reprodução. Com o tempo, modelos mais avançados trouxeram tecnologias como o buffer, utilizado para guardar alguns segundos de música na memória, cobrindo os pulos. Esses recursos corrigiram o problema até que os pulos ficassem bem raros nos últimos modelos.
7. Milhões e milhões de unidades vendidas
Números de 2009 mostram que a linha de produtos Walkman da Sony – que agrega os players de cassetes e de CDs – havia vendido mais de 385 milhões de unidades desde o lançamento do primeiro modelo, em 1979.
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